Cada vez mais, o instinto
Como elemento filosófico
Numa vaga em sucinto
Em busca do propósito.
Na onda que se cria
Na ligação das auras
Vislumbro as energias
Liberto-me de amarras.
Que a sociedades impõe
Para contato c’o próximo
Num todo que se supõe
O nosso maior oxímoro!
Mas a prova daquela valia
A qu’o pensamento conduz
É que a maior Filosofia
É a que privilegia a Luz!
Não a que imana do cérebro
Ainda que muito inteligente
Pois que não é esse concreto
Que perfaz a nossa mente!
A “inteligência” provém-nos
De outras mais ramificações
No coração e nossos alvéolos
Temos bem maiores previsões!
Pois qu’o instinto é um composto
Da nossa inspiração mais divina
Que nos surge com’um assomo
Daquela verdade tão cristalina!
Em contacto c’os “homens”
Cada vez mais uso o “sentir”
Pois sei que c’estas ordens
Descobrirei o meu “subir”!
Só poderemos ascender
Em sua total proporção
Naquilo que se aprender
Neste uso do “coração”!
Pois a mensagem de Deus
Chega-nos naquela energia
Que deu forças a Prometheus
Para viver em sua sabedoria!
Pois, na raiz morfológica
Philosophia, significa amor
Pela sabedoria, em lógica
Que resgata a nossa dor!
Provinda da maior ignorância
De não nos sabermos divinos
Afastando-nos da Constância
Dos nossos sonhos cristalinos!
Dessa maior ligação divina
Que nos transporta ao “céu”
A nossa “visão” é prístina
E o nosso sentir o caduceu!
Só em amor descobriremos
A nossa paixão pela vida
Só em sabedoria sabemos
Como sentir sem a guarida!
Que sobressai do “racional”
Sem a devida contribuição
Do nosso órgão fundamental
Que nos levará à “razão”:
O coração!